Seguir o Mestre Jesus

Lucas 9.57-62

Impressionam-me os evangelhos ao relatarem a vida de Jesus. Desde que comecei a estudar a Bíblia – ainda uma criança – percebi que Jesus era, pelos relatos bíblicos, alguém que ti nha uma visão de mundo diferenciada. Cresci e a continuidade do conheci mento bíblico foi infun dida em mim por meio da Escola Dominical e de meus pais. Processual mente, entendi que os evangelhos nos afirmam que a vida é mais precio sa do que qualquer bem e que o amor é a sustenta ção da vida plena e eter na. E sem amar a vida é fútil, vazia, e dominada pelo egoísmo humano (não é esta a realidade de nossa sociedade?).

Continuei crescendo. Jovem, fui aos bancos de uma Universidade Fede ral para cursar engenha ria cartográfica. E ainda assim me impressiona vam os relatos bíblicos dos evangelhos. O Pai Eterno por Sua benevolência e misericórdia aprouve chamar-me para o Santo Ministério Pastoral. Atendi ao chamado: mudei o rumo de minha fu tura carreira e ingressei no curso de teologia.

Deparei-me então com um instrumental que me permi tiu estudar a Bíblia com maior profundidade; amei ainda mais os evangelhos e a pessoa de Jesus. A simplicidade do evangelho verídica e real que os textos apresentam foi se descortinando e as percepções da infância, da adolescên cia e da juventude tronaram-se robustas e fundamentadas. Também percebi que a visão de mundo proposta por Jesus não é apenas diferente: ela destrona quaisquer ideologias em seus tempos e épocas.

O texto de Lucas nos defronta com a realidade da proposta de vida que Jesus oferece; não há quaisquer projetos mais importantes que seguir o mestre Jesus. Seguir não é necessariamente o andar físico, mas o andar em suas pegadas, deixa das como herança de vida e fé, relatadas nos evangelhos.

Bem diferente da simplicidade de Jesus e dos seus ensinos são nossos cultos e nossas visões de mundo, nossas decisões institucionais que cheiram forte o odor do egocentrismo que ca racteriza o ser humano.

Jesus continua afir mando que não há onde repousar a cabeça (a concentração de renda que obtêm o que quer – Lucas 9.58). Ele ainda afirma que não há razões tão fortes para irmos de pois (nem mesmo a fa mília – Lucas 9.60,61). O arado não permite que se olhe para trás, o alvo a ser alcançado está à frente e só se alcança com a simplicidade do evangelho.

A simplicidade da boa notícia (evangelho) ainda é a mesma: ama ao teu próximo como a ti mesmo. Só pode mos amar se amarmos primeiro Aquele que nos ama in condicionalmente – Jesus, o Cristo.

Somente face a face com a Palavra nos encontra mos com a simplicidade do evangelho que molda nossa visão de mundo e nos dá condições de arar a terra para semear a palavra de Deus.

Abraço forte do irmão em Cristo,

Marcos Munhoz da Costa